A Moove, subsidiária da Cosan (CSAN3), adiou a precificação de seu IPO na Bolsa de Nova York, que estava agendada para quarta-feira (9), devido a "condições adversas de mercado", conforme comunicado à CVM. Apesar da demanda dobrada em relação ao volume da operação, a empresa enfrentou dificuldades para atrair investidores “long only”. Fontes indicam que a Moove planeja retomar a oferta em um ano, citando preocupações com o risco Brasil e questões fiscais como obstáculos. A empresa visava uma avaliação de US$ 1,94 bilhão e pretendia levantar até US$ 437,5 milhões com a venda de 25 milhões de ações, precificadas entre US$ 14,50 e US$ 17,50.
O UBS avaliou que o IPO da Moove beneficiará a Cosan (CSAN) ao auxiliar no processo de desalavancagem, mas não resolverá totalmente seu alto nível de endividamento. O banco manteve a recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 26,00, indicando um potencial de alta de 95,34%. Embora tenha havido uma leve melhora no último trimestre, o índice de cobertura de dívida da Cosan continua baixo, em 1,3 vez, abaixo do intervalo considerado adequado de 1,5 a 2,0 vezes. O IPO poderia permitir que a Cosan reduzisse de 2% a 4% de sua dívida bruta de R$ 25 bilhões.
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